– Antônio Martins Fontoura Borges “Toniquinho”

Uma página esquecida na história de Conquista

Antônio Martins Fontoura Borges – “Toniquinho”. Industrial, banqueiro e fazendeiro nos municípios de Uberaba e Conquista. Nasceu em Uberaba, na data de 23 de março do recuado ano de 1898 e faleceu na mesma cidade na data de 13 de maio de 1984, aos 83 anos.

Foi casado com a senhora Cornélia de Oliveira Borges“Cornelinha”, sendo ela filha do Coronel Joaquim Martins Borges e Cornélia Cândida de Oliveira Borges. O casal Toniquinho e Cornelinha teve um filho descendente: Joaquim José Martins Borges.

Antônio Martins Fontoura Borges, juntamente com seu primo, Ronan Rodrigues Borges, em 1943, fundaram e foram os principais diretores do Banco Nacional do Comércio e Produção S.A., que tinha a sua sede na cidade do Rio de Janeiro e foi, posteriormente, incorporado ao Banco da Lavoura; e este, por sua vez, incorporado ao antigo Banco Real, atual Santander.

Como industrial participou, da Cia. Têxtil do Triângulo Mineiro – que era situada na época de sua fundação na Fazenda Caçu, Zona Rural de Uberaba, despois a fábrica foi transferida para as novas e modernas instalações, na zona urbana de Uberaba, tendo como sócio, seu pai, Antônio Martins Borges, “Tonico”, seu irmão Alberto Martins Fontoura Borges, e os senhores José Ferreira de Mendonça e José Bahia Mascarenhas.

Foi um homem extraordinário para os padrões da época, abastado criador de gado Zebú em Conquista, onde possuiu importante propriedade agropastoril com grande criação da raça zebuína de alta linhagem. Foi banqueiro em Conquista com filiais de sua instituição financeira em grandes capitais como, Rio de Janeiro e São Paulo. Foi também industrial, hoteleiro e proprietário de casas cinematográficas em Uberaba.

Homem probo, íntegro, conciliador, de conduta ilibada. Com natural desprendimento, participou ativamente com largos haveres para criação e construção da Santa Casa de Misericórdia de Conquista e da Escola Estadual de Conquista, atual Escola Estadual Dr. Lindolfo Bernardes dos Santos. Além disso, mantinha em suas propriedades dezenas de famílias, entre agregados e funcionários, onde como patrão honesto e justo, tratava a todos com distinção, lhaneza proteção e abrigo.

Homem de grande prestígio. Possuía muitos bens, dentre propriedades rurais, edifícios, imenso rebanho zebuíno, a sua mansão situada nº 1.412 na Lagoa Rodrigo de Feitas, em área privilegiada da cidade do Rio de Janeiro, era de uma beleza extraordinária, tanto que, foi cogitada várias vezes para abrigar a Embaixada dos Estados Unidos da América, ideia rechaçada por “Seu Toniquinho”.

Ao me debruçar em meus alfarrábios nessa pesquisa e dissertar pálida crônica sobre esse vulto importante da história conquistense, posso lhes afirmar com convicção: “conspira contra sua própria grandeza, o povo que não cultua seus feitos heroicos”. Antônio Martins Fontoura Borges “Toniquinho”, injustamente, é uma página esquecida na história de Conquista.

POSTADO POR FIRMINO LIBÓRIO LEAL